Como fã confesso de filmes sobre a Máfia, sendo a triologia "O Padrinho" e "The Unthouchables" ("Os Intocáveis") de Brian de Palma as minhas grandes referências, guardava há algum tempo com expectativa o filme "Gangster Squad" ("Força Anti-Crime") , de Ruben Fleischer.
O filme remete-nos para uma Los Angeles no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, dominada por um impiedoso ex-pugilista Mickey Cohen, Sean Penn, que domina a ferro e fogo a Cidade dos Anjos, isto com a total conivência das principais autoridades da cidade, desde a Polícia, aos tribunais, passando pelo Mayor.
Josh Brolin (Sgt. John O'Mara) lidera uma brigada anti-crime, a mando de Nick Nolte (Chief Parker), o incorruptível Chefe da Polícia. Da brigada de Brolin, um grupo de policias rebeldes mas leais à causa, fazem parte Ryan Gosling (Sgt. Jerry Wooters), Robert Patrick (Max Kennard), Michael Peña (Navidad Ramirez), Giovanni Ribisi (Conwell Keeler) e Anthony Mackie (Rocky Washington).
Com este elenco de luxo, ao qual temos de juntar a beleza misteriosa da ruiva Emma Stone (Grace Faraday), pareciam estar reunidos todos os elementos para um filme épico sobre a Máfia na América no virar da primeira metade do século 20. Infelizmente "Gansgster Squad" fica-se só pelas intenções.
O filme realizado por Fleischer mostra que não basta ter bons actores e uma boa história para se fazer um bom filme. Falta-lhe chama, densidade, direi alma, sendo demasiado previsível nos momentos-chave.
É o que os americanos designariam por um "action packed movie" mas muito longe de conseguir dar o salto para outra dimensão.
Acho que a melhor forma de definir "Ganster Squad" é rotulá-lo de uma versão light (e para ver num descontraído serão em casa) do intemporal "Os Intocáveis", de Brian de Palma. Para quem não sabe o meu filme preferido.
O melhor de "Gangster Squad"...Sean Penn, só podia, numa caracterização digna do vilão mais temível dos nossos piores pesadelos.