Lisboa - Ilha da Boa Vista, 1 de Junho de 2013
Deixei Lisboa rumo ao sol da Boa Vista depois de
uma semana infernal de trabalho mas o verdadeiro inferno foi no percurso até
lá.
O voo foi um autêntico coro desafinado de
crianças em choros e gritarias estridentes. Nunca havia estado com tantos bebés
no mesmo voo. Com 4 horas de viagem pela frente o terror estava instalado.
Isto leva-me à questão…É responsável ou até
legítimo deixar embarcar crianças tão pequenas num voo tão longo? Não deverá
haver uma idade mínima para viajar?
Para as crianças em tão tenra idade é por certo
uma tortura estarem confinadas tantas horas a um espaço tão reduzido. A isto
temos que juntar os nefastos efeitos que as mudanças de pressão devida à
altitude têm sobre o organismo, sobretudo em corpos ainda tão vulneráveis.
Para os restantes passageiros é um verdadeiro
tormento serem sujeitos a esta sonora “terapia de choque”, um castigo que por
certo não merecem.
Os papás dos petizes não se parecem preocupar
muito, sobretudo os casais mais velhos.
Recordo-me que os meus pais só me começaram a
levar a mim e às minhas irmãs já tínhamos todos bastante autonomia.
Ter um filho implica certos sacrifícios,
responsabilidades. Não é justo estarmos a azucrinar as restantes pessoas só
porque decidimos ser egoístas. Esperem 4 ou 5 anos, o mundo não foge!
Pela minha parte o resultado saldou-se numa dor
de cabeça à chegada.
A título de curiosidade...Depois do avião ter
aterrado instalou-se um certo silêncio (fora a música de fundo). Por momentos
estive tentado a elogiar a evolução dos portugueses em ceder à tentação da
parolice das palmas. Uma ou outra tentativa tímida mas parecia não haver mais
do que isso…até que…ocorreu uma verdadeira sessão de “palmadaria”! Tardou mas
lá fez a sua aparência…Se eu encontro a alminha que deu início à “moda” não me
esquecerei de brindá-lo com uma valente sova de palmas!
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