terça-feira, 28 de maio de 2013

Heil...Chaleira?!



Já tínhamos ouvido falar da cara de Jesus numa mancha na parede ou no rosto de Bob Marley numa torrada mas esta do Hitler ter virado chaleira é novidade.

Na base deste fenómeno está um cartaz publicitário gigante junto à autoestrada interestadual 405 em Culver, Los Angeles, que captou a atenção dos condutores. Surpreendidos com um supersized Herr Fuhrer dispararam a partilhar a imagem nas redes sociais, tornando-o a viral.

O cartaz é alusivo à JCPenney uma cadeia de lojas a retalho que decidiu promover um dos seus artigos para cozinha, uma nova chaleira em aço inoxidável, de forma bem expansiva.

Olhando para a imagem facilmente reconhecemos os traços fisionómicos do ditador alemão em plena saudação nazi. 

Apesar da marca ainda não se ter pronunciado, estou certo de que mais do que uma mera coincidência ou de uma peculiar ilusão de óptica estamos perante uma arrojada e surpreendente estratégia de marketing. 

Golpe de Génio ou mau gosto?


Fonte: Huffington Post

domingo, 26 de maio de 2013

Unissexo ou Feminino?



Será só impressão minha ou é cada vez mais difícil distinguir a roupa de homem da de mulher?


Não sendo um entendido em moda, que efectivamente não sou, percebo que se avance para uma certa padronização e que o conceito unissexo seja cada vez mais uma constante mas por vezes parece um pouco forçado.


Se as mulheres progressivamente, ao longo das décadas, foram avançando para peças, então por tradição, masculinas como o fato, o blazer e as próprias calças (e diga-se ainda bem), agora são os homens que parecem procurar o direito a reivindicar para si peças do inventário feminino. Falemos dos lenços, das echarpes, das malas, das pulseiras e anéis, sem esquecer os próprios padrões e cores como o rosa choque, o verde alface, o roxo, os néones, os padrões florais, entre outros.


Nas grandes cadeias de roupa mainstream com a H&M, a Zara, a Pull & Bear só nos apercebemos de que determinada peça é para o género masculino ou feminino porque as marcas optam por dividir a loja em secções, caso contrário o exercício seria quase impossível…e mesmo assim perguntamo-nos se determinado vestuário não terá lá ido parar por engano.


Obviamente que este fenómeno para mim é completamente indiferente e acho que as pessoas devem simplesmente vestir o que querem…Pronto ok, não exageremos, por vezes deparamo-nos com autênticos números de circo mas ainda assim é um direito que assiste a cada um.




Finalizando, e sendo isto uma sugestão e não uma crítica, direi que talvez, um dia destes, as marcas tenham que pôr um sinal como nos balneários para identificar as diferentes secções.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Artifício Digital - A Comunicação



Se é indesmentível que a era do digital tornou as comunicações mais céleres e flexíveis, não menos é que as mesmas ganharam o cunho de impessoais e híbridas. A cadência e a forma como são apresentadas tornou-as mecânicas.

No ritmo desenfreado do dia-a-dia somos bombardeados com emails, sms e mensagens nas redes sociais. O nosso papel não se limita a ler estes registos, na verdade estamos “obrigados” a interpretar o seu sentido, a decifrar  o estado de espírito do nosso interlocutor.

Se há mensagens que não deixam dúvidas, parte significativa, pelo contrário, configura  verdadeiros enigmas quanto à predisposição de quem as manda.

Quantos de nós já tiveram problemas ou pequenos mal entendidos com colegas de trabalho, amigos, ou com as respectivas caras-metades? A maioria, por certo.

Como detectar a ironia, o sarcasmo, as segundas intenções?

Falando olhos nos olhos, facilmente um elogio se tornaria um insulto e vice-versa. Um pretensa frieza seria na verdade timidez ou falta de confiança. Uma simpatia exacerbada estaria a esconder uma antipatia pessoal ou indiferença.

O que é certo é que na “aldeia global” de hoje estamos cada vez mais distantes uns dos outros. A ideia de comunidade é falaciosa, na verdade a solidão é a nota em crescendo neste verdadeiro artifício digital. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Expo 98...Foi há 15 Anos!



Estamos a 21 de Maio de 1998, Lisboa engalana-se para assistir à abertura da Exposição Internacional de Lisboa sob o lema "Os Oceanos: um Património para o Futuro".


Por incrível que pareça já passaram 15 anos e o Portugal de esperança e crescimento económico do final dos anos 90 surge como uma fugaz recordação de tempos imemoriais.


Foi nesse ano que completei 18 anos. Era-nos permitido sonhar, tudo parecia possível…”Estuda que alcançarás os teus objectivos”, diziam-nos.


Viviam-se tempos de riqueza, de oportunidades. Portugal era um país de destino não de partida, eramos o aluno aplicado de uma ideia de Europa num acelerado processo de crescimento.


Hoje, infelizmente, a realidade é bem diferente. Os sonhos deram lugar a ilusões…ou melhor desilusões. A esperança não é mais que uma palavra vã.


Dos dias da Expo guardo o orgulho que senti em ser português, no prazer ao ver a obra feita. Recordo-me dos dias intermináveis de música, festa e cultura. 



À beira-Tejo dávamos a volta ao mundo, nos passaportes trazíamos os carimbos para o provar. 


Lisboa foi durante meses o centro do mundo, um autêntico melting pot de raças e culturas. Como esquecer também as magnificas paradas dos Olharapos, o espectáculo luminoso do Aquamatrix e os vibrantes concertos na Praça Sony.


Passados 15 anos, proponho um brinde a tao saudosos dias e que no Futuro possamos voltar a partilhar de toda aquela alegria e entusiamo.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Porque deve sair Jesus




Ao invés de um Jesus milagreiro calhou-nos um Jesus mártir.


Se é certo que não fomos bafejados pela sorte na final de Amesterdão, não é menos verdade que é ténue a linha que separa o azar da incompetência. Houve garra, atitude mas tivéssemos marcado e não estaríamos perante este triste fado. E já agora alguém me explique por favor porque é o Jesus decidiu abdicar de um lateral esquerdo aos 60 e poucos minutos. Não lhe bastou a asneirada contra o Estoril? Alguém reparou que todos os ataques do Chelsea passaram a ser por esse flanco apesar de toda a entrega de Gaitan?


Mas se a derrota de ontem é admissível (tendo presente porém que há dois anos fomos afastados nas meias-finais desta mesma Liga Europa pelo Braga), como podemos pactuar com a entrega de mão beijada de dois campeonatos ao Porto? A menos que se assista ao Milagre de Paços (pouco provável dado que para os pacenses o jogo é a feijões), atribuiremos também ao destino a forma desastrosa como soubemos não ganhar dois campeonatos?


Para aqueles que defendem a continuidade de Jesus porque (alegadamente) a equipa joga bom futebol, porque sabe valorizar os jogadores e reconquistou o “prestígio” europeu, pergunto-lhes:


Bastamo-nos agora com vitórias morais? Contentamo-nos em ser o clube do quase?


Dos “fracos” não reza a História, esta faz-se de vitórias, de títulos. Foi assim que o Benfica conquistou o seu lugar entre os grandes do Futebol.


Não nos esqueçamos igualmente das intermináveis teimosias de Jesus. A defesa dos jogadores é de louvar mas torna-se anedótica quando o seu protelar prejudica gravemente a equipa, pervertendo, pelo contrário, o seu espírito.  Lembremo-nos dos episódios Émerson e Roberto, para não falar de outros menores. De forma quase antagónica, porque não se aposta em jogadores como Nélson Oliveira e Miguel Rosa, porque não são dadas mais oportunidades a Urreta e Miguel Vítor.


Como Benfiquista ferrenho defendo que Jesus deve encerrar o seu ciclo no clube. Um campeonato e três Taças da Liga em 4 temporadas é pobre pecúlio para quem chegou a afirmar lutar pela Champions.


Aos que querem fazer de Jesus o “Ferguson do Benfica”, direi que estamos mais no caminho de ter o (Arsène) “Wenger da Luz”…Bom futebol, muita bazófia e poucos resultados para mostrar.

Oxalá um golpe de sorte me mostre que estou errado...