(cartoon por Luís Veloso)
Chega o bom tempo e com ele nada como desfrutar de uma
bebida refrescante numa esplanada ao fim-de-semana ou depois de uma
jornada de trabalho...Para quem trabalha no centro de Lisboa como eu, os
quiosques da Avenida da Liberdade são um óptimo retiro.
O problema é que, já não bastasse a poluição
existente, vemo-nos ameaçados de todos os lados por densas nuvens de fumo….As
esplanadas tornaram-se o spot de eleição para os fumadores.
As restrições (tardias) ao consumo de tabaco em
espaços fechados foram um importante passo, ainda que pouco ambicioso, rumo ao
respeito pela saúde dos não fumadores que, contra a sua vontade, eram
transformados em chaminés (passivas). Qualquer par de horas passado num bar ou
discoteca era o equivalente aos efeitos de um pico de poluição em Shangai.
Tresandávamos a fumo e a roupa acabava de imediato na máquina de
lavar…imagine-se os efeitos sobre o organismo.
Hoje em dia conseguimos livrar-nos um pouco desta
tortura olfacto-poluitiva, embora ainda haja muito a fazer. Não querendo
ser radical, sou pela proibição total de fumar em espaços fechados, à
semelhança do que já sucede noutros países. Veja-se o exemplo da Irlanda (epá
já pareço o Passos Coelho), conhecido pela sua cultura de Pubs e tempo chuvoso.
Não foi isso que condicionou a proibição e, diga-se, com fiscalização à altura.
Por cá não falta quem contorne a lei (com extractores, em boa parte dos casos
sem capacidade ou desadequados ao espaço) ou simplesmente se marimbe para ela.
Posto isto, o que fazer com a questão dos espaços
públicos abertos? Deverá avançar-se igualmente no sentido da proibição ou
obrigar os espaços a terem zonas distintas?
Se no caso das esplanadas poderá passar pela segunda
possibilidade, isto se for feito de uma forma séria, há outros espaços
abertos como estádios e outras áreas de desporto e lazer em que o tabaco deve
simplesmente ficar à porta.
Qual é a vossa opinião?
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