quinta-feira, 16 de maio de 2013

Porque deve sair Jesus




Ao invés de um Jesus milagreiro calhou-nos um Jesus mártir.


Se é certo que não fomos bafejados pela sorte na final de Amesterdão, não é menos verdade que é ténue a linha que separa o azar da incompetência. Houve garra, atitude mas tivéssemos marcado e não estaríamos perante este triste fado. E já agora alguém me explique por favor porque é o Jesus decidiu abdicar de um lateral esquerdo aos 60 e poucos minutos. Não lhe bastou a asneirada contra o Estoril? Alguém reparou que todos os ataques do Chelsea passaram a ser por esse flanco apesar de toda a entrega de Gaitan?


Mas se a derrota de ontem é admissível (tendo presente porém que há dois anos fomos afastados nas meias-finais desta mesma Liga Europa pelo Braga), como podemos pactuar com a entrega de mão beijada de dois campeonatos ao Porto? A menos que se assista ao Milagre de Paços (pouco provável dado que para os pacenses o jogo é a feijões), atribuiremos também ao destino a forma desastrosa como soubemos não ganhar dois campeonatos?


Para aqueles que defendem a continuidade de Jesus porque (alegadamente) a equipa joga bom futebol, porque sabe valorizar os jogadores e reconquistou o “prestígio” europeu, pergunto-lhes:


Bastamo-nos agora com vitórias morais? Contentamo-nos em ser o clube do quase?


Dos “fracos” não reza a História, esta faz-se de vitórias, de títulos. Foi assim que o Benfica conquistou o seu lugar entre os grandes do Futebol.


Não nos esqueçamos igualmente das intermináveis teimosias de Jesus. A defesa dos jogadores é de louvar mas torna-se anedótica quando o seu protelar prejudica gravemente a equipa, pervertendo, pelo contrário, o seu espírito.  Lembremo-nos dos episódios Émerson e Roberto, para não falar de outros menores. De forma quase antagónica, porque não se aposta em jogadores como Nélson Oliveira e Miguel Rosa, porque não são dadas mais oportunidades a Urreta e Miguel Vítor.


Como Benfiquista ferrenho defendo que Jesus deve encerrar o seu ciclo no clube. Um campeonato e três Taças da Liga em 4 temporadas é pobre pecúlio para quem chegou a afirmar lutar pela Champions.


Aos que querem fazer de Jesus o “Ferguson do Benfica”, direi que estamos mais no caminho de ter o (Arsène) “Wenger da Luz”…Bom futebol, muita bazófia e poucos resultados para mostrar.

Oxalá um golpe de sorte me mostre que estou errado...

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