As preocupações ambientais
parecem aos poucos ir entrando na ordem do dia, apesar de em muitos casos tudo
não passar de uma fina máscara de falsidade para fins mediáticos e promocionais
(ou meramente economicistas) de grandes corporações ou simplesmente porque
parece bem, porque está na moda, no caso de algumas pessoas.
Os produtos “amigos do ambiente”
representam uma quota cada vez mais importante do mercado mas será que, em
vários casos, merecerão verdadeiramente este rótulo?
Falemos então dos pseudo-amigos
do Ambiente.
Um caso bem ilustrativo é o que
se passa com as árvores de Natal. Os pinheiros naturais são cada vez mais rara
presença nos lares portugueses na época natalícia. Os pinheiros artificiais
“made in china” que nos apresentaram como sendo uma solução eco-friendly representam na verdade riscos
bem maiores para o Meio Ambiente do que aqueles que se “propõem” salvaguardar.
Desde logo os recursos
energéticos que são empregues na sua produção em massa. O maior risco contudo
relaciona-se directamente com a composição, o altamente poluente PVC que compõe o plástico de que são feitos. Para além dos detritos que se acumulam quando
decidimos trocar de árvore por um modelo mais novo ou harmonioso, a produção do
PVC liberta perigosas emissões cancerígenas.
Associações Ambientais como a
Quercus têm alertado para este “falso amigo” da Natureza, referindo que é
preferível ter um pinheiro natural, desde que o seu abate seja devidamente
enquadrado em políticas de limpeza e controlo das matas e florestas e que haja
efectivas preocupações com a reflorestação.
Há muitos outros produtos que
podemos questionar e já nem falo daqueles cuja eco-consciência apenas pode ser
comprovada com a devida inspecção e legislação.
Falemos, por exemplo, dos
secadores de mãos nas casas de banho ao invés da tradicional folha de papel. É
que estes não funcionam exactamente por si, é necessário gastar electricidade
sempre que são activados. Será que os produtos fosseis queimados na produção de
energia eléctrica não serão mais nocivos para o Ambiente do que o próprio abate
de árvores? E não nos esqueçamos da possibilidade de reutilizar outras fontes
de papel.
Outro caso, este bastante
mediático, é o relacionado com os sacos de plásticos que os supermercados elegeram
como “alvo a abater”, passando a cobrar a sua utilização e vendendo-nos sacos
duradouros para as compras produzidos com outros materiais, em particular,
adivinhe-se, plástico…! Porque não de pano, por exemplo.
Os sacos de supermercado sempre
foram reaproveitados para outros fins, nomeadamente para depositar o lixo
orgânico nos nossos lares no dia-a-dia. Se deixamos de dispor destes teremos
que recorrer em exclusivo para os sacos de lixo vendidos com esse intuito. Que
eu me recorde são igualmente feito de plástico ou será equívoco meu? Onde está
aqui o ganho (para além do dos próprios supermercados)?
Como estes há muito outros casos.
Por isso vos digo, larguemos a hipocrisia e na hora de comprar “verde” atentem nos
rótulos e ponderem os reais prós e contras de cada escolha que fazemos.
Deixo-vos alguns conselhos
simples mas que fazem a diferença. Apostem na reciclagem a na reutilização.
Racionalizem o uso de água nas tarefas diárias e em gestos tão pequenos como
lavar os dentes ou fazer a barba. Não deixem as luzes de casa ligadas ao acaso.
Aproveitem o bom tempo e troquem o carro por um passeio a pé ou de bicicleta
com família e amigos.
Eu trabalho mais pelo ramo da cosmetica, maquilhagem etc, e nunca vi tanto creme nem tanta maquilhagem vegan , organica, mineral, o que significa que a procura do natural deve estar a aumentar.
ResponderEliminarMas relativamente a irmos mais longe que isto, que quanto a mim não passam de modas, acho que o ser humano se tornou demasiado egoentrico para pensar sequer no seu proximo, no futuro dos seus filhos, quanto mais em tudo o que engloba estas questoes...
for humans green is just a color...not a cause
http://essenciaismakeupeoutrospormartav.blogspot.pt/
Olá Marta, esperemos que as boas práticas (as verdadeiras) se mantenham e sejam mais do que uma mera moda. Não obstante, o comentário é sem dúvida pertinente e em linha com o artigo anterior que escrevi
Eliminarhttp://acabanadoparaiso.blogspot.pt/2013/10/somos-todos-hipocritas.html
O egoismo, a passividade, o conformismo são inimigos do bem maior.