Esqueçam as largadas de toiros de Pamplona, os mergulhos para a água a partir de penhascos de 30 metros, o escalar de arranha-céus sem arnês…A prática mais radical do momento é Viajar na Malaysian Airlines!
Depois do fatídico acidente com o MH17 que provocou a morte de 298 pessoas, ao que tudo indica abatido em solo ucraniano por separatistas pró-russos (ainda que acidentalmente), a transportadora malaia decidiu alterar a rota do trajecto Londres – Kuala Lumpur, passando a sobrevoar...a Síria! Isto segundo a Flightradar24, um organismo dedicado a mapear / rastrear as rotas aéreas que relatou na segunda-feira que o voo MH4 na quarta-feira e sábado seguiu por uma rota alternativa ao espaço aéreo ucraniano tendo sobrevoado o leste da Turquia e o território sírio. Segundo ainda a mesma fonte foi a única companhia que o fez.
Não sei que suicida jogo de sorte ou azar estarão os responsáveis da transportadora aérea a jogar mas parecem ter perdido por completo o mais basilar discernimento. Em último caso nem que a impelissem motivos puramente egoístas, de auto-preservação face aos inúmeros e complexos processos de responsabilidade civil e criminal com que se poderão vir a confrontar.
É facto que não estou certo que os movimentos revoltosos na Síria tenham acesso ao mesmo tipo de equipamento militar que os separatistas ucranianos mas voar sobre um novo território em conflito, este envolto na mais sangrenta guerra civil, não me parece uma medida minimamente responsável, direi mesmo legítima, sobretudo se pesarmos a meia dúzia milhares de dólares poupados em combustível pelos trajectos mais curtos ou em eventuais compensações por perda de voos de ligação face às potenciais centenas (ou milhares) de vidas humanas em risco.
A hipocrisia diabólica do dinheiro manifesta-se na mesquinhez da actuação quotidiana das grandes corporações.
É facto que não estou certo que os movimentos revoltosos na Síria tenham acesso ao mesmo tipo de equipamento militar que os separatistas ucranianos mas voar sobre um novo território em conflito, este envolto na mais sangrenta guerra civil, não me parece uma medida minimamente responsável, direi mesmo legítima, sobretudo se pesarmos a meia dúzia milhares de dólares poupados em combustível pelos trajectos mais curtos ou em eventuais compensações por perda de voos de ligação face às potenciais centenas (ou milhares) de vidas humanas em risco.
A hipocrisia diabólica do dinheiro manifesta-se na mesquinhez da actuação quotidiana das grandes corporações.
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