Os mais puristas que me desculpem mas não me
revejo, nem nunca me revi no Fado. Reconheço a qualidade do género, a herança
do património mas excepto algumas honrosas excepções experimentalistas, casos
do Pedro Joia e do António Zambujo, sinceramente é algo com o qual não me
identifico.
O Fado é tristeza, fatalismo, nostalgia (a tão
apregoada “saudade”). Os mais conservadores dirão que estarei a ser redutor.
Aceito mas na sua essência o Fado é isto.
Não tenho paciência para o choro, a depressão, o
fatalismo. Se enquanto género musical poderá ter o seu encanto, não quero
certamente que seja a atitude / o espírito que representa a nossa sociedade, o
nosso País.
Não gosto de derrotas no último segundo, da bola
que bate na barra e não entra, das vitórias morais. Não gosto do termo azar mas
acima de tudo não gosto de ver um país triste, resignado, derrotado!
Chega de ouvir "é a vidinha" ou
"podia ser pior" ou ainda "é o que tem de ser". Basta de
esperar pela chegada d'el Rey Dom Sebastião, do milagre que nos salvará a
todos.
Estou farto da apatia, da resignação, do
conformismo (não falo somente de manifestações de descontentamento como a do
passado dia 15. A mudança começa desde logo na alteração dos comportamentos
e atitudes de cada um perante o quotidiano).
Uni-vos, levantai-vos e faremos de Portugal um
país que honre o seu passado mas acima de tudo um país que seja o símbolo de um
brilhante Futuro!
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