Bonecos, bonecada, peluches, imanes, bolas anti-stress, fotos da família, do gato e do periquito, desenhos dos filhos, citações famosas e 1001 mandamentos de auto-ajuda…Devemos ter objectos pessoais no local de trabalho?
Confesso
que aqui sou um pouco tirano da limpeza e da organização, partindo de
uma concepção minimalista e de certa forma austera do local de trabalho,
a menos que trabalhemos numa
Google, Apple ou outras empresas e/ou profissões de carácter
eminentemente criativo.
Se
por um lado os intitulados gurus do bem-estar e praticantes do Feng
Shui proclamam bem alto a personalização do local de trabalho como
factor de equilíbrio e de maior produtividade
(de forma moderada é certo), por outro são cada vez mais as empresas
que proíbem expressamente o polvilhar das secretárias, cubículos e
gabinetes com um sem fim de artigos pessoais, naquilo que conotam
negativamente como uma extensão do “home sweet home”,
considerando que transmitem um imagem desmazelada e pouco profissional,
para além de constituírem factores de distracção não só para os
envolvidos como para outros colegas. É a foto da filha mais velha que
ganhou um prémio na escola, as fotos paradisíacas
do Verão passado, os bonecos das séries e filmes de culto, as canecas
personalizadas, a peluchada múltipla…
Claro que podemos sempre apostar no mote “less is more”
e a “chave é a moderação” mas reconheço que, por norma, admitindo um
apontamento pontual, faz-me
uma tremenda confusão ver certas secretárias ou mesmo gabinetes que
parecem ter sofrido uma mega explosão de “fofice” (lamechice será
porventura melhor termo) e de toda uma inimaginável colecção de objectos
de diferentes cores e feitios.
As
próprias fotos de família a terem espaço, só de forma discreta e de
certa forma camufladas entre livros ou em segundo plano para quem tem
gabinetes de trabalho
individuais.
O
local de trabalho deve ser uma extensão de nós próprios, concordo, mas
deve sê-lo, neste caso, na sua dimensão profissional e mais séria.
E
vocês, o que acham? Tolerância plena? Moderação no equilíbrio entre
objectos pessoais e ferramentas de trabalho ou simples proibição?
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