quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Anatomia da Gravata


Faça sol ou faça chuva, frio ou calor a bela da gravata teima em acompanhar-me. Não é que eu tenha nada contra as gravatas, pelo contrário gosto de uma gravata elegante, de qualidade. O problema é que quando passa a ser parte do trajar obrigatório é como subitamente se tornasse num quase símbolo opressor, uma corda que nos estrangula na eterna labuta diária. Claro que vou variando a cor, o padrão mas continua a ser o pedaço de tecido pendurado que nos lembra a longa jornada de trabalho. 

A gravata tem muito mais a contar. Já experimentaram observar com atenção, na rua ou no metro, o constante desfile de gravatas? Há para todos os gostos. Simples ou elaboradas; de seda, lã ou sintéticas; lisas ou com formas e padrões. Algumas parecem saídas do fundo do baú, outras parte de um carregamento perdido do Exercito de Salvação Nacional. Umas há que abusam da bonecada e só teriam lugar por certo numa festa da criançada. Outras há ainda que de tão horrendas que são assumem contornos verdadeiramente sinistros, parecendo que a qualquer momento irão sugar a vida o seu infeliz contemplado.

Houvera por aí uma brigada fiscalizadora, uma "EMEL das Gravatas" e as multas seria bem pensadas por certo: " O cidadão desculpe-me mas a sua gravata viola todos os limites da decência e bom gosto, vou ter de o autuar!"

1 comentário:

  1. A origem da gravata data do século XVII, na França, sob o reinado de Luís XIV. Entre seus batalhões, alguns formados por mercenários, o rei empregava soldados croatas, que eram reconhecidos facilmente por um grande lenço usado ao redor do pescoço. Era o nascimento do Plastrão (gravata longa, cujas pontas se cruzam obliquamente). A palavra “gravata” é uma corruptela de “croata”.

    A moda foi mais do que bem vinda, inclusive pelos cirurgiões da época que usavam colarinhos enormes. Era um alívio para eles poder operar prendendo suas golas de pontas longas com o novo laço. Logo, antes do seu modelo mais comum, a gravata surgiu como gravata borboleta, nome que vem obviamente do seu formato.

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