"Charity by Matteo Bertelli
Hoje estava eu no meu
almoço low cost em plena
Avenida da Liberdade (cerca de €4.00 com sopa, um salgado e
salada de fruta…não tive direito a bife; mania das grandezas!) quando entra um
senhor nos seus setenta anos que faz o seguinte pedido:
“Boa tarde menina queria
uma sopinha, um preguinho, pode ser numa bolinha, e uma aguinha (…) o bifezinho
bem passado por favor” (lá está, armado em fino, como diria a energúmena do
Banco Alimentar, a Sra. Isabel Jonet (ou Xoné como li num blog).
Confesso que nunca fui
grande fã desta mania muito portuguesa dos diminutivos, a qual até direi que
por regra me causa alguma irritação. No entanto haverá nos tempos que correm vocabulário
mais ajustado do que este? Por certo seria algo a merecer o alto patrocínio da
Troika, do Governo e da distinta..cof cof…senhora que nos vem fazer uma amável
visita na próxima segunda-feira. Uma querida esta Merkelzinha!
Concretizando, de facto
hoje em dia temos os politicozinhos, os ordenadozinhos, os pobrezinhos, a vidinha,
a felicidadezinha… sim que ouvi dizer que isto em excesso faz mal!
Mas como toda a moeda
tem o seu reverso, os aumentativos também não devem ser esquecidos em tempos de
crise. Assim temos os “corruptuzões”, os “aldrabazões”, os “esquemazões”, os
“tachões”, os “cab…”, isto não olvidando os “mediocrezões”.
Em suma, mudam-se os
tempos mudam-se os termos! E com esta vos deixo por hoje.
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