Sabem qual é a maior diferença entre as séries de
hoje e as de antigamente? Não...É que as séries de hoje em dia prolongam-se
eternamente, arrastando-se artificialmente temporada após temporada. Nem o coelhinho da Duracell dura tanto!
Há uns anos a maior parte das séries terminava ao
fim de duas ou três temporadas, o resto ficava à imaginação dos
telespectadores. Claro que sempre houve aquelas que cresceram connosco,
que atravessaram gerações mas na sua maior parte acabavam quando
tinham que acabar. Hoje a maior parte das séries são ou com o tempo
transformam-se em produtos sem identidade de consumo instantâneo.
Hoje vale tudo para manter o interesse no
produto, nem que para isso tenha que matar-se o elenco todo. Curioso é que são
as ditas séries do "universo feminino" aquelas que mais sofrem. Já
viram o último episódio de uma temporada da Anatomia de Grey ou das Donas de
Casas Desesperadas? Meus Deus, aquilo é uma verdadeira mortandade. É o lunático
sedento de vingança que desata aos tiros, é o avião que cai...Aquilo é
potenciador do choradinho completo!
Eu que vejo assiduamente o "The Walking
Dead" e o "Boardwalk Empire" começo a pensar que, em comparação,
isto é para meninos! "Zombies e Máfia? Xi, onde é que tu andas? Diz-me lá
se isso alguma vez tem o potencial sanguinário de um grupo de médicos ou de
um bando de donas de casa em fúria...isto sim é uma carnificina!"
Mas nós nos fiquemos por aqui. É que mais do que
uma forma desesperada que os guionistas encontraram para manter os
telespectadores literalmente "ligados à máquina", está aqui uma
verdadeira "mina de ouro" quando se trata de resolver diferendos
contratuais:
"Ai queres sair da série? Tudo bem, sem
ressentimentos, no próximo episódio preferes levar um balázio ou ser
atropelado?" (quem sabe não vem já um formulário de escolha múltipla
quando é assinado o contrato...); "Queres ganhar mais? Ui, nem vou
discutir, arranja-se já aí uma doença terminal e patinas antes do fim da
temporada!"
Ainda me espanto como é que estas séries não têm
bolinha vermelha. Não só não têm, como ainda passam em horário nobre. É caso para dizer "There's no
Business like Show Business!"
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