Sabia que ferir-se durante o sexo
pode ser um acidente de trabalho?
É verdade, isto pelo menos se
viver na Austrália. Enquanto por cá se retiram direitos e regalias aos
trabalhadores os aussie mostram-nos
como é e até lhes conferem novos direitos.
Tudo remonta a Novembro de 2007
quando uma funcionária pública se deslocou numa viagem de trabalho e acabou
envolvida com um homem num quarto de motel que havia sido reservado pelo seu
empregador…é o que dá marcar hotéis baratos!
Ora a rapariga que não devia ser
muito afoita, kamasutra por certo não é com ela, acabou por ferir-se quando uma
lâmpada caiu do tecto e a feriu na cara e no nariz. Como se isto não bastasse sofreu
profundas “sequelas emocionais” passando, imagine-se, a sofrer de problemas de
depressão e ansiedade!
Depois de uma batalha legal de 5
anos, o colectivo de juízes do Tribunal Federal da Austrália veio agora
confirmar a decisão de um tribunal inferior que havia considerado o “incidente”
como tratando-se de um acidente de trabalho. Para o tribunal a questão não era
se a funcionária tinha passado a noite a manter relações sexuais ou a jogar às
cartas, porque em qualquer dos casos "estava em trabalho".
Ora estou mesmo a ver o que isto
pode dar:
Mulher para Marido (ou
vice-versa): “Eu não acredito que me trocaste por aquela vadia, como foste
capaz?”; Resposta “Ó querida não te preocupes que tenho um bom seguro, ainda
por cima estás sempre a dizer-me que ando com um ar cansado. Sempre são uns
dias que posso ficar em casa.”
As empresas e as seguradoras é
que não devem achar piada nenhuma à brincadeira. Tenho para mim que cintos de
castidade, votos de celibato e outras medidas inibitórias como creches no local
de trabalho (e filhos em viagens) vão passar a ser prática standard.
Passando do 8 ao 80, o que dizer
da decisão tomada pelo Supremo Tribunal do Iowa, EUA, que considerou que o
despedimento de Melissa Nelson, uma ex-assistente num consultório dentário, por
alegadamente ser demasiado “irresistível” e “uma ameaça ao casamento do patrão”
não é ilegal?
Melissa Nelson, de 32 anos, foi
contratada em 1999 por James Knight.
Ora parece que o dito Mr. Knight
ficava muito nervoso na presença da assistente, tendo vindo a alegar em
tribunal que pediu várias vezes à funcionária para se vestir de forma diferente,
com roupas menos justas e reveladoras.
A mulher de Knight terá
descoberto em 2009 que o marido e Melissa trocavam mensagens (que ao que parece
de sexual pouco tinham) e terá então exigido o despedimento da funcionária, o
que aconteceu efetivamente em 2010.
A nossa amiga Melissa, que
diga-se de “irresistível” não terá assim tanto, veio com razão mostrar o seu
desagrado com a decisão do Tribunal que não considerou que se estava na
presença de um caso de discriminação sexual.
Ora isto mostra duas coisas:
Que os tribunais australianos são
muito mais avançados (e danados para a brincadeira) do que os americanos e que
a nossa amiga Melissa vai por certo apanhar o primeiro voo para Sidney assim
que acabar de ler o artigo da Cabana do Paraíso ;)
P.s. Já me ia esquecendo a nossa amiga australiana continua com uma depressão e ainda não voltou ao trabalho. O seu nome é que não foi divulgado, por motivos de privacidade.
Belo texto. Parabéns.
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Obrigado meu caro. Um abraço
ResponderEliminar