Ora parece que o Mundo acaba
hoje, o que é uma chatice porque este ano até tinha conseguido despachar as
prendas de Natal a tempo. Não há direito!
Sobrevivemos ao bug do novo
milénio e ao que consta livramo-nos doutro cataclismo qualquer no dia 12 mas
parece que desta é mesmo de vez. Hoje tudo acaba!
De onde partiu então este tão propalado
fim do mundo?
A justificação segundo o que
dizem está no calendário Maia. E não vos estou a falar da nossa “querida” taróloga
nem da abelhinha que fazia furor nos anos 80 mas sim da civilização com o mesmo
nome, que estabeleceu raízes no norte da América Central, reputada pelo seu dinamismo
cultural e avanço científico, tendo deixado um importante legado pela sua língua escrita, arte, arquitectura, matemática e conhecimentos astronómicos (não, já vos disse, esqueçam a Maya,
isso é astrologia!).
A civilização maia conheceu o seu
apogeu entre os anos 250 e 900 d.C. Depois no início do século XVI vieram os “nuestros hermanos” e varreram o que
sobrava de uma sociedade que há muito tinha entrado em declínio.
Mas voltando ao tema, que hoje o
dia acaba e não há tempo a perder. Segundo os eruditos a data de 21 de Dezembro
assinala o fim do ciclo maia "13 Baak t'un", que começou há 5.125
anos, e começa outro, já que os maias faziam uma contagem linear do tempo, mas
circular, o que significa que um novo ciclo começa no ponto em que termina o
anterior.
Ora aqui é que começa a bronca.
Uns “alegados” especialistas na cultura maia juram a pés juntos que deste ciclo
não passaremos, isto segundo a interpretação feita a alguns vestígios
arqueológicos encontrados. Do outro lado temos os nativos que defendem que o
'oxlajuj Baak t'un' (ou mudança de era maia) "implica realizar mudanças
profundas a nível pessoa, familiar e comunitário para [atingir] a verdadeira
harmonia e equilíbrio entre os seres humanos e a natureza”, tudo o resto é folclore e propaganda.
O que é certo é que entre a insanidade e a verdade toda uma
indústria se desenvolveu à volta desta efeméride. Desde pacotes turísticos
especiais a edições limitadas de vinho, desde home-made bunkers a modernas “arcas de Noé” tudo tem servido para
fazer dinheiro.
Difundido pelos média, redes sociais, bem como por profetas
da desgraça e seitas do último dia, parece ter-se instalado algum nervosismo em certas cabecinhas, ao ponto da própria NASA ter vindo a publico desmentir que
o Apocalipse estava por dias.
Para aqueles que acham que não passamos de hoje, deixo-vos
as seguintes perguntas:
- Se o mundo acaba dia 12 como é a questão dos fusos horários? Uns acabam a 12, outros a 11 ou 13?
- Rebenta tudo de vez (fim do mundo à bruta) ou vai por etapas (fim do mundo mais fofinho)?
- E qual será o derradeiro cataclismo? A chuva de meteoritos ou a horda de zombies?
Bem pelo sim pelo não é de levar um bom protector e no caso
dos mortos-vivos já se sabe…é apontar à cabeça, não tem nada que enganar. O
corpo está morto e o cérebro ainda resiste, curiosamente ao contrário de alguns
vivos que andam por aí.
E porque há que aproveitar até ao fim aqui vai a hilariante proposta da Diesel - "Get it While You Can". Um mini-filme de pouco mais de um minuto criado pelos realizadores Jonny & Will nomeados pelos BAFTA awards:
Para finalizar (ui a expressão que fui buscar), deixo-vos
com o som inconfundível dos REM. Até mais logo…ou não!
Fantástico André...como sempre :)
ResponderEliminarObrigado às duas por terem deixado o vosso registo. Beijo
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