domingo, 28 de julho de 2013

Noisy Bastards!


Não posso com primatas e não me refiro a macacos, chimpanzés e outros símios mas a seres que em vez de falar guincham, mesmo que distem 30 cm do vizinho do lado, que se riem que nem uns alarves das mais infantis graçolas e que julgam que fazer-se notar é ser-se espalhafatoso. Quem precisa de gritar para se fazer ouvir é porque por certo não tem nada de interesse para dizer.

Ora estava eu a desfrutar de um belo mojito de morango num bar à beira-Tejo quando começo a ouvir um ruidoso grupo que se sentou umas mesas ao lado. Para além dos decibéis elevados, apresentavam um léxico em devida consonância. Foi quase uma hora de grunhidos, conversas obtusas e piadolas primárias de um muy colorido e pacóvio grupo que emborcava os seus últimos copos antes de se dirigir a um casamento, sim porque fizeram questão de o mencionar por diversas vezes alto e bom som. Elas de horrendos vestidos com cores berrantes, eles de fatos lustrosos, que por certo brilhariam no escuro.


As conversas tinham o calibre de "Pois tínhamos bebido 3 canecos de manhã e depois mais 2 com o almoço e meio litro de vinho. A meio da tarde bebeu um copo gelado e ficou mal disposto, nem se percebe não bebemos muito" ou ainda "estava na loja a minha mulher, ou melhor a minha esposa, a minha amada, e a rapariga da loja estava armada em esperta, por isso eu cheguei lá e disse que se quisesse comprava aquela merda toda e ela começou a piar fininho. Até as como".

Bem como há que olhar as coisas pela parte positiva, há que agradecer-lhes por me terem dado matéria para escrever ester artigo. Bem hajam!


Já me esquecia, falando em ruido, é sempre um exercício hilariante ver pessoas a tentarem fazer-se entender junto a um estrangeiro ou vice-versa, pensado que o truque é dizer a mesma coisa "n" vezes mas cada vez mais alto. O problema não é a diferença de línguas mas o volume...E ai do esperto que diga o contrário! 


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