quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Verde de Vinho Bruno?



Verde de vinho foi por certo a nota dominante do almoço convívio que reuniu adeptos sportinguistas em Braga no passado domingo, onde Bruno de Carvalho proferiu num tom bacoco-popularucho que para resolver os problemas do país “há uma solução simples que as pessoas ainda não descobriram (…) tiramos o vermelho da bandeira e é tudo nosso”.

Presume-se que a infeliz tirada tenho sido feito em jeito de piada, certo é que o presidente leonino ridicularizou um dos símbolos da soberania nacional, reduzindo a bandeira a uma efémera discussão clubística.

Quem exerce funções de responsabilidade ou de algum impacto social não pode expressar-se como o faria em conversas de café ou num círculo restrito de amigos, sobretudo tendo presente a repercussão imediata nos média e redes sociais. Alguém acredita realmente que as palavras de Bruno de Carvalho tenham sido assim tão inocentes?

Infelizmente é esta a classe de dirigentes desportivos com que fomos brindados, que com o seu permanente tom sarcástico ou puramente malicioso impelem a paixão pelo desporto-rei para um ambiente de guerra, demitindo-se depois airosamente de quaisquer responsabilidades sobre os constantes desacatos provocados por dúzia e meia de energúmenos e o ambiente de crispação e diria  de “conflito armado” que se vive nos principais estádios de futebol, tal é a quantidades de artefactos explosivos arremessados.

Caso Bruno de Carvalho não saiba, se o verde assinala esperança, o vermelho da bandeira simboliza o sangue derramado pelos portugueses ao longo de gerações na edificação de uma ideia, de um país que é Portugal.

É caso para dizer, Verde de vinho Bruno?


1 comentário: