Verde de vinho foi por certo a nota dominante do
almoço convívio que reuniu adeptos sportinguistas em Braga no passado domingo,
onde Bruno de Carvalho proferiu num tom bacoco-popularucho que para resolver os
problemas do país “há uma solução simples que as pessoas ainda não descobriram (…)
tiramos o vermelho da bandeira e é tudo nosso”.
Presume-se que a infeliz tirada tenho sido feito em
jeito de piada, certo é que o presidente leonino ridicularizou um dos símbolos
da soberania nacional, reduzindo a bandeira a uma efémera discussão clubística.
Quem exerce funções de responsabilidade ou de algum
impacto social não pode expressar-se como o faria em conversas de café ou num círculo
restrito de amigos, sobretudo tendo presente a repercussão imediata nos média e
redes sociais. Alguém acredita realmente que as palavras de Bruno de Carvalho tenham
sido assim tão inocentes?
Infelizmente é esta a classe de dirigentes desportivos
com que fomos brindados, que com o seu permanente tom sarcástico ou puramente
malicioso impelem a paixão pelo desporto-rei para um ambiente de guerra,
demitindo-se depois airosamente de quaisquer responsabilidades sobre os
constantes desacatos provocados por dúzia e meia de energúmenos e o ambiente de
crispação e diria de “conflito armado” que se vive nos principais estádios
de futebol, tal é a quantidades de artefactos explosivos arremessados.
Caso Bruno de Carvalho não saiba, se o verde assinala
esperança, o vermelho da bandeira simboliza o sangue derramado pelos portugueses
ao longo de gerações na edificação de uma ideia, de um país que é Portugal.
É caso para dizer, Verde de vinho Bruno?
I would like to comment but i do not understand the language..
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