You'll always be mine, sing it to the world
Always be my boy, I'll always be your girl
Nobody's business, ain't nobody's business
Ain't nobody's business,
But mine, and my baby
Always be my boy, I'll always be your girl
Nobody's business, ain't nobody's business
Ain't nobody's business,
But mine, and my baby
Assim canta o refrão da música "Nobody's Business", um dueto de Rihanna com o seu ex (ex?) Chris Brown no mais recente albúm "Unapolegetic", que tem passado em todas as rádios.
Todos nos recordamos das tristes imagens de uma Rihanna espancada pelo "apaixonado" Chris Brown em 2009 na véspera dos Grammys. Agora tudo são águas passadas, nada como umas "lambadas de amor" para manter viva a chama.
Não sendo de esperar que estas "divas de faz-de-conta" de hoje sejam um modelo de virtudes, pelo menos quem gere as suas carreiras deve ter a noção do impacto que estas músicas têm sobre os mais jovens e o decadente exemplo que é dado quando milhares de mulheres são vitimas diárias de violência doméstica, culminando em muitos casos na própria morte.
A música "perdoa" a criminosa cobardia de Chris Brown, conhecido por vários episódios de violência, e coloca uma desmiolada Rihanna a "zangar-se" contra o mundo e em particular os media por intrometerem-se nesta explosiva mistura de "Fairy Tale meets Fight Club". Numa palavra, vómito!
Não só é promovido de forma totalmente irresponsável este tipo de comportamentos como exalta-se ao silêncio das vítimas, numa sinistra interpretação do provérbio "entre marido e mulher não se mete a colher".
O crítico Randal Roberts do LA Times escreveu a propósito o seguinte:
"A
love song, 'Nobody’s Business' is like a sad inversion of Sonny and Cher’s
'I Got You Babe.' Instead of singing about connection, true love and wanting to
shout it to the world, the song features a convicted abuser and the woman he
assaulted asking everyone to shut up and leave them alone."
Os casos de violência doméstica devem ser denunciados, por forma a pôr de vez estes cobardes na cadeia.
Tendo duas irmãs tenha vergonha da sociedade em que vivemos, promovendo-se à custa de interesses meramente comerciais a promoção de conteúdos absolutamente hediondos.
Obviamente que não sou apologista da censura mas acho inacreditável toda a leviandade e impunidade com que "Nobody's Business" passa constantemente nas rádios, internet e televisão.
É este o exemplo que queremos dar aos nossos jovens? "All is Fair in Love and War?
Deixo-vos a música e digam-me de vossa justiça
Concordo ctg. Infelizmente hoje não há exemplos bons e coerentes para a juventude no mundo da música... talvez em nenhum mundo... temos que (mais que nunca) ser nós - e ó para mim a falar como mãe - a dar-lhes o exemplo, a mostrar-lhes o que é certo e o que é errado e torcer para que tudo corra bem. :)
ResponderEliminarSem dúvida mas questiono-me se este tipo de conteúdos não deveria ser sujeito a um maior escrutínio por aqueles que os promovem. Beijo
EliminarOla Andre..
ResponderEliminarEste é um tema controverso, até porque abordas duas tematicas diferentes, em 1º lugar da violencia domestica, sendo este o mais importante, e o 2º da qualidade musical que se houve nos dias de hoje.
Quanto ao primeiro tema, é um pouco dificil de falar, pois como diz o proverbio (algo assim) " quem está dentro do convento, é que sabe o que lá vai dentro".
Não me imagino vitima de violencia domestica, e nao sei como reagiria se o vivesse na primeira pessoa. Entristece-me que as mulheres sofredoras nao se consigam livrar do que as humilha e as enfraquece. Mas, é um problema que as mulheres lidam, cada uma, à sua maneira... Não posso dizer "se fosse eu... e tal.. era assim... e etc". Não sei. Da teoria à pratica vai uma grande distancia..
Quanto ao 2º tema... enfim... é algo tão falado, em qualquer parte do mundo.. o que é comercial, a maior parte das vezes, não é bom.. mas vende, e sendo isso o fundamental, o resto deixa de ter importancia... O facto de se aproveitar a violencia que ela sofreu para vender mais musicas, presumo que seja uma decisao dela... se não é, entao ainda mais pena tenho dela, por não poder mandar em diversos campos da sua vida...
Se é exemplo ou não para os jovens.. talvez seja, talvez não.. a mim, nao me influenciaria de maneira nenhuma... mas falo por mim.
Choca-me mais que as letras das musicas, as condutas improprias da maior parte das celebridades, neste caso americanas...
Choca-me saber que adolescentes que eu via no disney Channel a cantar, e que foram promovidas a celebridades, estejam em constantes reabilitações de droga, alcool, etc... e aí ja pondero mais sobre a influencia que tais atitudes possam ter em crianças a caminho da sua adolescencia... estes exemplos, em conjunto com uma educação ausente por parte dos pais, podem ser catastroficos em alguns adolescente...
Foi uma questão pertinente a tua..
Parabens pelo Blog.
bjoca
Obrigado pelo teu feedback Mariline. Sem dúvida que vivemos numa cultura de artificialidade e de falsos idolos e onde tudo é permitido desde que se venda. O problema é mesmo a potencial influência sobre os jovens. Beijo
EliminarConcordo em absoluto com este artigo. Amar não rima com maltratar e o célebre proverbio "o amor é cego" não faz qualquer sentido. Conheço muitas mulheres bonitas e inteligentes que se recusam a gostar de homens que as tratam bem e as respeitam, tendo uma forte tendência para os bad boys. Segundo elas os “bonzinhos” são uns chatos e a relação torna-se uma monotonia, preferindo assim os que lhes dão luta e que as agridem, não necessariamente fisicamente, mas muitas vezes de forma verbal que é igualmente grave e dá cabo da autoestima de qualquer pessoa. Também acontece o inverso, serem elas a maltratar e agredir.
ResponderEliminarVivemos numa sociedade longe de ser perfeita mas julgo que os media deviam ter um papel mais interventivo na divulgação de informação que pode potenciar comportamentos de riscos entre os mais jovens. No entanto isso também nos leva a outra questão, a da censura, por isso cabe a cada um de nós separar o trigo do joio e educar os jovens com valores correctos esperando que saibam escolher o melhor caminho. Agora parecia a minha avó a falar. LOL Mas a verdade é que apesar de na altura a achar uma chata hoje considero que me deu uma boa educação.
Sim claro, concordo em absoluto. Não sendo uma questão de censura também passará pelo bom gosto e ética de quem escolhe os conteúdos que divulga. De qualquer forma se um filme violento ou com sexo explicito só pode (nem sempre acontece) passar a determinada hora como se explica que esta música, entre outros exemplos, passe livremente a qualquer hora do dia...Beijo
EliminarAndré, estou totalmente de acordo contigo!
ResponderEliminarNo entanto, desviando-me um pouco do tema no seu aspecto mais geral, e focando-me na personagem em questão, tenho a dizer que, depois do que aconteceu durante a digressão "777" da pseudo-diva, mais propriamente durante um concerto em Londres, em que ela insultou, de forma absolutamente grosseira e inaceitável, a sua banda, em pleno concerto, nada mais me surpreende!
Infelizmente parece que todos os vídeos do episódio em questão desapareceram, mas caso não tenhas visto, foi absolutamente deplorável, triste, de uma arrogância e falta de educação e nível totalmente revoltante!
Posso dizer-te que, fizesse eu parte da banda, e a "piquena" naquela noite bem teria ficado a cantar sozinha em palco!
Resta-nos esperar que as jovens que a seguem tenham mais 1/2 cérebro do que ela, e entendam que alguém que nos maltrata não nos ama, e já agora que acordem para a vida e entendam também que alguém que insulta publicamente, e de forma gratuita, aqueles que com ela trabalham, não é de todo merecedora de ser ídolo de ninguém.
Mais uma vez André, parabéns!
Gosto realmente da forma como escreves :)
Oi Eduarda, sim tinha ouvido falar do caso bem como de outras atitudes de "primma donna" deste pseudo-ícone da pop.
EliminarO problema é que hoje em dia estes idolos de papel confudem rebeldia e ousadez com falta de educação, arrogância e imbecilidade. Beijo grande e obrigado pelo elogio, que continue sempre a ter-te como fã eheh ;)
Ontem vinha a ouvir essa música no carro e disse exactamente isso: acho repugnante que, à custa da carga de porrada que levou que lhe pôs a cara nesse estado, agora ainda cantem uma música profundamente ridícula (porque pronto, a miúda de 20 anos leva uma carga de porrada e agora estão juntos de novo) e "ninguém se deve meter". Violência é crime público, acabou, isso é nojento e essa miúda, se não tem vergonha de estar com uma pessoa dessas, pelo menos devoa ter consciência de que é o ídolo para milhares ou milhões de adolescentes parvalhonas que acham que, se a Rihanna apanhou e perdoou, elas também o deve fazer. "Nobody's business", afinal
ResponderEliminarConcordo em absoluto e o problema é mesmo esse, o exemplo que transmite para millhares (ou milhões) de adolescentes em todo o mundo. Para eles que não é assim tão grave bater numa mulher, para elas aceitar isso como um acidente de percurso. Criminoso!
EliminarJá que perguntas... Este caso mete-me nojo. Fazem-me asco todos os cobardes que batem nas mulheres (as que batem nos maridos também - porque, embora menos faladas também existem). Neste caso ainda pior, porque o comportamento de um e de outro inspira milhares de pessoas. Portanto os moços ficam a achar que não faz mal bater e as moças que não faz mal levar. Não sou apologista de censuras. Se começamos nunca se sabe onde se vai parar. Na imprensa estrangeira as notícias da reconciliação dos dois são acompanhas por fortes criticas. Por cá deveria fazer-se o mesmo. Diz que o jornalista deve ser imparcial e tal, mas eu acho que há exceções. A música poderia passar muito menos vezes e de preferência acompanhada por avisos. Uma coisa é certa - isto em nada ajuda as campanhas contra a violência doméstica.
ResponderEliminarConcordo em absoluto com o teu comentário Sandra. Quanto ao papel do jornalista advogo completamente que em certas casos a imparcialidade não faz qualquer sentido..."fantásticos" os comentários de alguma imprensa nos últimos dias que preferiu elogiar quao bonita estava a Rihanna nos Grammys e o anel de noivado que aparentemente ostentava.
EliminarNo caso dos media, de uma forma geral, não se trata de uma questão de censura mas de uma filtragem da hora e da forma como passam certos conteúdos. De qualquer forma, quanto à rádio e televisão, também poderia imperar o bom senso nas decisões editoriais quando se escolhe um "produto" em detrimento de outro
Eu respeito a Rihanna como artista musical e performer. Penso que é uma das melhores na actualidade, no seu genero musical.
ResponderEliminarNo entanto, na minha opinião, há certas atitudes que não concordo mas também há que haver da parte dos fãs e "followers" uma maturidade em não seguir tudo o que qualquer artista faz ou pensa. Sou fã de muitos artistas em termos musicais e no entanto em termos pessoais e de personalidade posso ter divergencias. É neste ponto que existem os perigos que os artistas podem "trazer" a pessoas com pouca opinião própria, mas a culpa não pode ser apenas dos artistas.
Neste caso da Rihanna há coisas que são fazem sentido. Ela é agredida (se for verdade), faz-se de vitima e mete meio mundo contra o agressor para uns tempos depois voltar e dedicar-lhe uma música. Enfim...
Na minha opinião mais tarde ou mais cedo irá haver nova história similar entre os dois e não vou ter pena nenhuma uma vez que só lá vai á segunda vez quem quer...
É mais um caso de aproveitamento da media e audiências e isso vende...
Cump
JP
Percebo o teu ponto de visto mas a violência sobre as mulheres não pode ser tratada com leviandade e sinceramente "maturidade" será algo que não espero em significativa parte dos fãs de Rihanna...Abraço
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