domingo, 13 de janeiro de 2013

Benfica-Porto




Hoje é dia de clássico na Luz, Benfica e Porto disputam aquele que promete ser um duelo intenso ao longo dos 90 minutos.


Numa casa que se espera cheia, águias e dragões lutam pelo primeiro lugar, num campeonato cada vez mais a dois. 


O clássico Benfica-Porto encerra em si mais do que um mero jogo de futebol, embora na verdade a normal rivalidade que possa existir entre Norte e Sul, Porto e Lisboa, é muito mais empolada por discursos regionalistas bacocos e falsos divisionismos do que propriamente por questões de fundo.


Em nada se pode comparar um Benfica-Porto à dimensão e contexto sócio-político de um Real Madrid – Barcelona. Não há igualmente quaisquer clivagens históricas e religiosas que assistem a um Celtic de Glasgow (católicos) - Glasgow Rangers (protestantes e unionistas).


Munidos de um discurso populista, porque não dizer incendiário, certos dirigentes e agentes desportivos tornaram uma rivalidade que deveria ser resolvida no tapete verde do jogo numa verdadeira batalha de ódios primários que em nada contribui para a beleza do espectáculo e, pelo contrário, acarreta em si comportamentos hediondos daqueles que se deixam contagiar por estas pseudo-querelas e divisionismos de algibeira.


Confesso que como Benfiquista ferrenho que sou tenho um particular “desencanto” pelo Porto clube, não cidade nem, em regra, as suas gentes. Como lisboeta também que sou cria-me uma certa ira ouvir papaguear expressões abjectas como “Nós só queremos ver Lisboa a arder”. No entanto há que ser superior a isto e entender que em jogo nada mais está do que uma partida de futebol e que depois do apito final do árbitro tudo volta à normalidade.


O meu desejo é por isso que o jogo se dispute num ambiente de respeitosa rivalidade, que se assista a uma boa partida e, sem falsas demagogias, que vença o Benfica.

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