Esta foto foi tirada hoje e mostra bem o lastimoso estado ao qual é habitualmente votado o “velhinho” Elevador da Glória, fruto do mais puro vandalismo.
Tal como muito outros símbolos da cidade de Lisboa, o Elevador da Glória é alvo constante destes cobardes actos praticados por meia dúzia de fedelhos mimados. Sim, isso mesmo, fedelhos mimados! Não atribuam levianamente as culpas a uma “cambada de vândalos” provindos de um qualquer bairro social. Podem ter a certeza que, em boa parte das vezes, estes actos de estupidez gratuita são obra de grupinhos de meninos benzocas que numa onda de pseudo-rebeldia (ou anarquismo de algibeira) agem, alegadamente, contra uma dita sociedade capitalista mas da qual, quais parasitas, não têm pejo em alimentar-se avidamente.
O que me revolta para além do crime gratuito contra o nosso património, um dos bens mais preciosos em tempos de crise como o que vivemos, é o total desrespeito pelo trabalho dos outros e pelo dinheiro que todos despendemos para “limpar” semanalmente a porcaria que estes energúmenos causam.
Não nos deixemos tentar também no erro de apelidar de grafitti este lixo, estes riscos e rabiscos, estas frases com a beleza poética de um “Tó ama Marta” ou o “Zé é Rabo”, este vernáculo primário (e ainda assim, tal a estupidez, com erros ortográficos de palmatória).
O graffiti é uma arte que merece o devido respeito e promoção. Quantos muros decrépitos, quantos armazéns e prédios devolutos têm sido resgatados a uma triste e silenciosa morte por notáveis exercícios de cor e criatividade desta, tantas vezes mal afamada, “arte de rua”.
(fotos: linhas.nobolso.net)
Hoje em dia é possível contratar trabalhos de graffiti que tanta vida poderiam dar a certas zonas da cidade. Veja-se, por exemplo, a fantástica intervenção levada a cabo por artistas nacionais e internacionais em prédios abandonados na Avenida Fontes Pereira de Melo, a patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa. Uma solução, esperemos que transitória, mas que permitiu sem grandes custos dar nova vida a estes espaços.
Quanto aos menininhos e menininhas que andam por aí de latinha na mão, é tempo de dizer basta! Um balde e uma esfregona para cada um e que se limpe a nossa cidade. Haverá melhor e mais útil castigo do que este?
André obrigada por mais uma vez despertares consciências,colocares o dedo nas feridas e focares duas questões que nem a crise que agora ocupa 98% do racio informativo nos devia distrair a consciencia cívica,a defesa e honra do nosso Patrimonio que é tão vilmente tratado.
ResponderEliminarAndré obrigada por mais uma vez despertares consciências,colocares o dedo nas feridas e focares duas questões que nem a crise que agora ocupa 98% do racio informativo nos devia distrair a consciencia cívica,a defesa e honra do nosso Patrimonio que é tão vilmente tratado.
ResponderEliminarNem mais e evitar que certos comportamentos passem a ser tidos como normais face à apatia e indeferença gerais. Bj
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