A falta de civismo é a única coisa que parece crescer em tempos de crise. As pessoas estão cada vez mais básicas, agressivas,
frustradas, primando por um individualismo exacerbado.
No
trânsito as pessoas já não buzinam, berram. O mais pequeno deslize ou,
em boa parte das vezes, a inaptidão não de quem é
alvo da reclamação mas de quem reclama é pano para mangas para o mais
puro vernáculo, quando não uma quase cena de pugilato. Reconheço que eu
próprio sinto-me muito menos paciente com certas atitudes, especialmente
os “domingueiros” (um perigo em marcha lenta),
os abéculas que teimam em não fazer o pisca (coisa muito difícil, ui…)
ou
os que se julgam senhores da
estrada e guinam de um lado para o outro a seu belo prazer, não param
nas passadeiras, não parecem saber o que são traços contínuos.
Nos
transportes públicos temos os “fura-filas”, as inteligências que não
sabem o que significa “lugares prioritários”, os
amigos do empurra … já para não falar nos “primos” do Cascão que tornam
qualquer trajecto insuportável por mais pequeno que seja.
Hoje, no entanto, vou apenas pronunciar-me sobre uma das atitudes que mais me aborrece no quotidiano … “os espantalhos na
fila da esquerda nas escadas rolantes”, se bem que o epíteto de zombie
também lhes assente que nem uma luva. A pessoa quer ir à sua
vida, as mais das vezes no doloroso caminho para o trabalho e apanhamos
com uma ave rara que decidiu plantar-se à nossa frente. Tal personagem
parece que fica como que isolado no seu mundinho,
alienado de tudo o resto. No meu caso tal ave rara irá arrepender-se
rapidamente de o ter feito. Se com bons modos não vai lá, aplica-se o
modo comboio de carga e vai tudo a eito. O que me aborrece é que por
vezes formam-se filas intermináveis atrás destes
peculiares indivíduos. As pessoas que lhes precedem parecem que têm
medo ou simplesmente receio de “molestar” o vizinho da frente. Só vos
digo uma coisa, tenham juízo! Sejam homenzinhos e mulherzinhas, quem não
respeita os outros não merece ser respeitado!
Para os mais distraídos ou lerdos há um sinal com bonequinhos em cada
escada rolante que ilustra bem os princípios elementares da utilização
deste equipamento.
O que ainda mais me espanta é que parte destes energúmenos ainda tem o desplante de reclamar ou de reagir mal, sobretudo quando
são mulheres ou idosos a chamar-lhes à atenção.
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